segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Poe explica

O que trouxe o ataque da FBrN ao Jornal Olho Nu, enquanto fiquem impunes os atos criminais da corja da Colina do Sol, e os excessos de Marcelo Pacheco na sua ansiedade de entregar fotos de crianças peladas nas palmas peludas dos seus assinantes? O que provocou o abandono do Dr. André Herdy? Porque a complacência com os ataques contra os três homens que mais dinheiro investirem no naturismo brasileiro na última década, Fritz Louderback, Silvio Levy, e Dana Wayne Harbour?

Este leque de horrores para quais a FBrN fez vistas grossas, e sua rápida ação para amordaçar o Jornal Olho Nu, evocam imagens de Edgar Allan Poe. O mestre de horror, e inventor do conto detectivo, talvez explica o maldade que passa nas corações dos homens, e das federações.

O Barril de Amontillado

Montressor confessa um crime seu, cometido num Carnaval de meio século antes, quando para se vingar dos "as injúrias de Fortunato", emparedou este num porão.

O motivo da corja da Colina talvez foi mais de dar calote nas suas dívidas do que "se vingar de injurias". A maioria das acusações deste tipo são falsas, feitas por pessoas que querem prejudicar desafetos.

A intenção dos acusadores foi, com certeza, de emparedar Dr. André, Fritz Louderback, e suas esposas nas masmorras para sempre, e não somente para treze meses.

O Barril de Amontillado

William Wilson

A FBrN atacou, e foi complacente com, ataques contra o melhor do naturismo brasileiro:
  • Contra Dr. André, jovem, empreendedor, que fez YNAI crescer extra-ordinariamente, e que prometia fazer o mesmo com a FBrN. 
  • Contra Fritz Louderback, que forneceu esperança aos jovens da comunidade Morro da Pedra, abandonado pelo Estado brasileiro, fazendo da Colina do Sol um porta para um futuro melhor. 
  • Contra Pedro Ribeiro, que chutou os doutrinas antiquadas de naturismo brasileiro, as regras bobas que excluiriam este ou aquele grupo, e assim fez Abricó crescer e prosperar. E cujo Jornal Olho Nu fornece faz uma década jornalismo de verdade e informações confiáveis.
  • Contra Cristiano Fedrigo, o "garoto bom de Taquara", sem dúvida o maior luz do jovem naturismo brasiliero.
No William Wilson, o protagonista fica com raiva de um rival, que tem muitas semelhanças com Wilson, até o ponto de parecer ele mesmo. Quando está defraudando um outro num jogo de cartas, o rival aparece e o desmascara. Eventualmente Wilson mata seu rival, e nesta hora vê que é a imagem dele mesmo, e ouve dele:
"Você venceu, e eu me rendo. Mas, daqui em diante tu também estas morto -- morto ao Mundo, ao Céu, e à Esperança! Em mim tu exististe -- e, na minha morte, veja por esta imagem, que é tua própria, tão completamente tu te assassinaste."
A FBrN, nos seus atos e na sua inação, matou estas esperanças de naturismo, e assim matou seu próprio futuro.

William Wilson

O Mascara da Morte Vermelha

O título do conto convide traduções variadas. O próprio Poe mudou "Mask" (máscara) para "Masque" (baile) na segunda publicação, e encontro "Red" tanto como "vermelho" quanto "escarlate". Sendo que o inglês tem "scarlet" e Poe preferiu "red", e o português carece de qualquer equivalente curto de "Masque", o título acima parece o mais fiel.

No italiano seria "La Maschera della Morte Rossa".

O conto passa num baile de máscara, num castelo onde Príncipe Próspero e seu corte tem se retirado para escapar do peste que está devastando o pais. Uma noite, o príncipe organize um grande baile a máscara,
... e foi o gosto dele que guiava os mascarados. Tenha certeza de que elas eram grotescas. Havia muito brilho e reflexo e pimenta e assombração - muito do que foi visto depois em "Hernani". Havia figuras das Arábias com membros e partes desnudos. Havia extravagâncias deliciosas e loucuras de moda. Havia muito do belo, muito do dissipado, muito do bizarro, algo do terrível, e não faltava aquilo que poderia excitar repulso.

Lembra eventos da FBrN, não lembra?

A festa acontece num suite de sete salões, cada um de um cor diferente, última salão sendo tudo de preto, a iluminação vindo através de vidros vermelhos. Neste sala há um grande relógio, e quando toca a hora, os foliões e a música parem.

As caracteres do Poe sentem que algo está errado, que a hora foge, e que lá fora está a Morte Vermelha. Mas a dança continua, até o relógio bate meia-noite. E aparece, ninguém sabe de onde, uma figura fantasiado da Morte Rossa.
Mas devido uma certa fascínio inominável com que a presunção do folião tinha inspirado em todos, não havia ninguém que ouso colocar mão para deter-lo ...
Claro que há diferenças entre o peste que assombrava os convidados do Príncipe Prospero, e o que ronda o naturismo brasileiro. Em vez do rosto manchado de sangue, o peste tupiniquim traz balancetes manchados de tinta vermelha.

Mas ninguém ousa por a mão. O peste está lá, rodando, espalhando o mesmo veneno que tanto atrasou o naturismo brasileiro durante tantos anos, fazendo vítimas. Uns correram para o castelo, e com a mesma política de avestruz dos foliões de Principe Próspero, tentam continuar a baile.

E ninguém ousa por a mão.

Como vai terminar? Vai terminar tarde demais:
E agora foi constatada a presença da Morte Vermelha. Ela havia vindo como um ladrão na noite. E, um por um caíram, os festejantes nas paredes cor de sangue dos saguões de sua festividade, e morreu cada qual na desesperadora posição de sua queda. E a vida do relógio de ébano se foi com aquela do último dos joviais. E as chamas dos tripés se extinguiram. E as Trevas, Decadência e a Morte Vermelha mantiveram ilimitado domínio sobre tudo.

A Máscara da Morte Vermelha