sábado, 27 de março de 2010

A reputação da FBrN está acima dos princípios de justiça!









No caso recente envolvendo o Vaticano e padres acusados de pedofilia, o que causou maior repercussão foi o acobertamento dos fatos.
Agora Papa Bento XVI “enviou aos fiéis irlandeses uma carta episcopal em que pede desculpas por tudo de errado que aconteceu naquele país, um bastião do catolicismo na Europa, ao lado da Polônia e da pequena Malta.”
Continua Hélio Schwartsman, nesse artigo da Folha de São Paulo, dizendo:
Temos duas camadas de problemas para analisar: os abusos propriamente ditos e os esforços da alta hierarquia da igreja para acobertá-los
Sem dúvida isso é muito grave. Continua o artigo: “Aqui, ao que parece, bispos eram mais leais à instituição da igreja do que a seus próprios fiéis. Talvez seja isso que a Santa Sé espera deles, mas não é certamente o que recomenda a virtude republicana.”
Sem dúvida esse tipo de atitude é um absurdo mesmo. Um amigo analisando o caso disse:
O fato parece claro: os padres colocam a entidade coletiva Igreja acima de princípios. Típica postura tribal. Desta forma, mesmo com todas as evidências, os padres vão preferir fazer eternamente uma "investigação interna" em vez de denunciar o colega à polícia, mesmo que as vítimas continuem sofrendo com a pedofilia. A reputação da Igreja está acima dos princípios de justiça!
Veja só, podemos pensar que isso seja exclusividade do Vaticano. Ledo engano, para a FBrN a reputação (imagem) está acima dos princípios de justiça também. Provas? Veja a ata da última Assembleia Geral Ordinária de 07 de março de 2010 lá na Colina do Sol. Mais abaixo cópia do trecho para facilitar.

Assim os comentários valem para a FBrN. A simetria e analogia são plenas, podemos reescrever:
“O fato parece claro: os membros colocam a entidade coletiva FBrN acima de princípios. Típica postura tribal. Desta forma, mesmo com todas as evidências, os membros vão preferir fazer eternamente uma "investigação interna" em vez de denunciar o colega, mesmo que as vítimas continuem sofrendo: A reputação da FBrN está acima dos princípios de justiça!
O que resta ao pobre naturista/nudistas/peladista fazer, já que o “Jornal Olho Nu” não pode divulgar a reclamação? Chorar? Esperar o processo “vaticanico” da FBrN?

Bem, quem quiser pode escrever e colocar a “boca no trombone” na lista de discussão Peladistas Unidos:
Pelo menos a comunidade, a despeito dos desejos inconfessos de censura, ficará sabendo.

Ah sim, não se esqueça dos grandes jornais, PROCON, sites de defesa do consumidor, Twitter, Facebook, Orkut ...isso sempre ajuda.
Não resta mais dúvidas que o objetivo estatutário da FBrN seja defender as organizações e não o naturista, a pessoa. Mil mirabolantes e fantasiosas desculpas, explicações, alegações surgirão negando isso, mas o fato permanece. Clamarão pela proteção da imagem, processarão e expulsarão quem se opuser a essa sandice. E nós naturistas ainda não acordamos para isso. Ainda não acordamos para o fato que nos os frequentadores é que pagamos as contas, que viabilizamos os negócios, temos o “poder de compra”. Qualquer grupo de pessoas pode se unir para alugar um sítio ou conseguir um belo desconto num clube ou hotel naturista. Não é necessário burocracia, registro em cartório, eleições, contratar um contador e assim por diante. Tudo isso para apenas relaxar e ficar pelado. Mas que trabalheira danada essa. O naturista fica enfurnado num escritório o tempo todo trabalhando, preenchendo fichas, enviando relatórios, assinando documentos, participando de reuniões, pagando contas, etc., e aí quando chega o fim de semana ou suas almejadas férias se depara com uma baita burocracia! Não há Cristo que aguente tamanha cruz.

E o pior de tudo, pagar um selinho para dizer que você presta e sem nenhuma reciprocidade, nenhuma garantia de que essa organização irá defendê-lo. Acha que estou exagerando? Lembra da pessoa que reclamou no Jornal Olho Nu pelo tratamento recebido da Colina dos Ventos? Não defenderam o naturista, mas sim a Colina dos Ventos censurando sim o “Jornal Olho Nu” e mandando retirar a carta do naturista e só deixar a carta da Colina dos Ventos. Ainda não tivemos uma explicação minimamente corrente e razoável tanto da Colina dos Ventos quanto da FBrN sobre o caso. A nota de esclarecimento só FBrN comprova o total desconhecimento do seja os princípios de liberdade de imprensa, liberdade de expressão e de consciência. Já tratamos disso nesse blog nos textos "A Politica Nua","Patriotismo,jornalismo, e ética","Sindrome do Barão Munchausen na FBrN", "Ne nuntium necare", "Poe explica", "Samba do Crioulo Doido" , "Comentários sobre a Nota de Esclarecimento da FBrN" e tantos outros.
Não para por aí, a preocupação é prioritariamente com as instituições; nunca a FBrN orientou os naturistas sobre a questão de fotos de menores. Existe um ajuste de conduta assinado pela Colina do Sol com o ministério público sobre essa questão e cadê a orientação da FBrN sobre essa questão? O máximo de preocupação dessa instituição é que todos os membros informem as datas dos eventos para que não haja sobreposição numa dada região, afinal negócios são negócios.

Sem falar do fatídico caso de omissão diante de um fato envolvendo um ex-presidente da FBrN, um naturista, onde a omissão foi plena, completa e total. Se não participaram naquele caso imagina em outro. Alguém acha que vão ajudar em algo? Vão te ajudar?

O que importa é a imagem da FBrN e essa está acima de qualquer princípio moral, ético ou legal, e claro, irão confundi-lo dizendo que foi votado democraticamente, só que esquecem convenientemente o que significa isso numa sociedade republicana como a nossa.

Se a Igreja, que tem lá os seus séculos de tradição, está reconhecendo suas falhas e acordando para o fato de que tentar encobrir fatos não é o melhor caminho - porque isso só revolta e afasta seus fiéis, por que é que a FBRN que começou a engatinhar há pouco, mantém essa postura arrogante a despeito de todas as  recomendações de especialistas em marketing, relações públicas, etc., seguindo na contra mão da razão? 


"O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia" (Provérbios 28:13).

"Quem dissimula suas faltas, não há de prosperar; quem as confessa e as detesta, obtém misericórdia".(Provérbios 28:13)(versão católica)


Se a Igreja lembra das escrituras e não encobre seus pecados, deixa a nu isso, percebe que sua atitude está contra as escrituras, seja por atos ou omissões, reconhece e corrige, só traz mais confiança ao seus fieis.


Já uma organização como a FBrN que deveria deixa tudo descoberto, tudo a nu, pelado, faz exatamente o oposto. Encobre, oculta, esconde e foge como o diabo da cruz dos seu princípios. E ainda tenta enganar os naturistas que isso é proteger a imagem do naturismo, que somos poucos e não podemos deixar que isso chegue ao grande público e outras balelas do tipo.

O que importa é a justiça, não a imagem. Uma organização justa sempre tem uma boa imagem, apesar das ocorrências negativas. Quem se pauta pela imagem é uma organização de fachada, uma casa de papelão.




ATA DE REUNIÃO
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
07 de março de 2010
m) Jornal Olho Nu – O Sr. Pedro Ribeiro, representante do Jornal Olho Nu abriu este tema, expondo as razões pela quais ele havia publicado a carta de um hóspede de uma pousada naturista, a Colina dos Ventos, associada à FBrN. Expôs também os motivos pelo qual ele não respondeu à convocação do Conselho de Ética, por entender que o email que o fez não está identificado como Conselho de Ética, e sim como Brasil Naturista. Informou ainda que publicou a Nota de Esclarecimento da FBrN, mesmo estando maior que o espaço de direito de resposta e que não concordava com alguns termos da mesma. O Conselheiro de Ética, Marcelo Pacheco esclareceu que mesmo o email, identificando o remetente como Brasil Naturista, ao final da convocação era assinado como Conselho de Ética da FBrN. Após acaloradas discussões de ambas as partes, foi tomada a decisão, aprovada por toda a assembléia e acatadas pelos representantes das duas mídias naturistas filiadas à FBrN (Jornal Olho Nu e Revista/Portal Brasil Naturista) de não publicarem notas de reclamação, contra as afiliadas da FBrN, antes que a própria FBrN e a afiliada em questão entre em contato com o reclamante, para que seja resolvido o problema. Salientou-se que essa decisão não é um cerceamento ou uma censura prévia aos meios de comunicação, mas sim uma forma de resolver a situação de uma forma que não haja desgaste para a imagem do naturismo. A FBrN irá modificar o seu site, disponibilizando uma “ouvidoria”, ou seja, um canal direto para que os naturistas possam efetuar suas reclamações e sugestões. A presidência salientou que tanto a diretoria quanto os conselhos estão sendo acionados continuamente na solução dos problemas da FBrN, e que, em função de que todos os membros não têm dedicação exclusiva, bem como as dimensões continentais do país, o tempo de resposta pode ser um pouco maior que o habitual. Foi sugerido que se discuta o tema Comunicação Interna e Externa, tanto pelo FBrN quanto pelas suas filiadas, no próximo Encontro de Dirigentes Naturistas.