sexta-feira, 1 de abril de 2011

1º de abril de 2011

Há 47 anos, nas primeiras horas deste mesmo dia em 1964 as tropas do General Olímpio Mourão saíram de Juiz de Fora em direção ao Rio de Janeiro. No decorrer do dia aconteceram várias coisas e no final foi consumado do golpe de 1964.

O que temos depois deste tempo? Temos este Brasil. Esta é a realidade. Uns dizem que com o golpe está pior e sem o golpe seria muito melhor. Não sei. Temos o que temos.

Dizem que temos uma democracia cheia de defeitos. Democracia sem defeitos é utopia; ela é defeituosa por não é um fato, mas um processo. E este processo nos obriga olhar para trás, não só nestes 47 anos, mas nos 66 anos desde a queda do Estado Novo em 1945, ou mesmo nos 81 anos do golpe de 30. Ou até antes. Olhar para trás para que possamos olhar o futuro sem os erros do passado.

Os erros são muitos e recorrentes. Ainda temos o peleguismo atuante. Desde Getúlio. Um governo com características peleguista é um governo fascista. O peleguismo foi a base do governo Lula. Ainda bem que ele soube segurar os seus pelegos. Hoje temos duas classes de políticos, ambos órfãos do regime militar : os que choram a pretensa “ilha de paz e sossego” que se pretendia passar aos cidadãos, e uma outra classe que aprendeu todos os defeitos do regime e hoje posa de vítimas.

E nós, cidadãos, vítimas de um processo capenga? Teremos que tomar consciência de nossa cidadania, escapar do marcatismo “de esquerda”, do politicamente correto.

O dia 1º de abril é o dia da mentira. Proponho torná-lo o dia da consciência da cidadania.