segunda-feira, 16 de maio de 2011

FBrN e CNCS: a verdade em falta

Recebi estes dias, repassado por um interlocutor de confiança, a notícia de que o Clube Naturista Colina do Sol saiu da FBrN. Houve uma primeira resposta na lista Peladistas, de que não seria verdade.

Realmente, nem o site do CNCS nem do FBrN, anunciam a desfiliação. Porém, isso não quer dizer que não aconteceu. A lei de omerta de naturismo brasileiro, de que "Não se fala mal de naturismo", é ideal para empreendedores tipo Celso Rossi, e empreendimentos tipo Colina do Sol, onde se alguém fala a verdade, não dá para quem vive disso continuar, e nem dá para quem já caiu na fria, passar o prejuízo para frente.

A verdade em falta

Mas quando todas as notícias vem do mundo de Pollyanna, a notícia toda perde a credibilidade, e perde a utilidade. Durante recente ressaca nas praias do sul, li numa matéria de Zero Hora um aviso do Federação Gaúcha de Surf: as ondas grandes são tentadoras, mas cuidado, ainda que parece que já passou o pior, as ondas arrancam redes de pesca, em que os surfistas podem ser enroscados. Notícia útil, e porque há notícias destas quando a coisa está ruim, quando a associação diga que dá para pegar onda, os surfistas sabem que dá.

Em contraste, a federação de naturismo nem avisa naturistas como evitar ser enrascado em "redes de pedofilia".

Mas, como saber o que está realmente acontecendo dentro da Família Brasil Naturista?  Vamos examinar o que é sabido, e pelas sombras, traçar a realidade.  

CNCS se livrou da diretoria do CNCS

Eleitos para a FBrN na vespera de Carnaval, três figuras da FBrN foram defenestrados dos conselhos do CNCS no domingo de Carnaval: Etacir Manske, Marcelo Pacheco, e João Olavo Paz Rosés. João Olavo, realmente, já tinha caido antes, com sua candidatura desqualificado por causa de dívidas com o condomínio.

Que o ex-presidente (Etacir) e vice-presidente (João Olavo) não foram conduzidas às cadeiras de conselho que pleitearam, em qualquer organização é um sinal de insatisfação das mais sérias.

Sabemos, então, que a Colina do Sol tem fartos motivos de quer distância de vários dos conselheiros da FBrN, e de todo o executivo, o presidente, vice-presidente, "secretária-geral", "diretor de comunicações" e "diretor de relações internacionais", todos sendo da Famila Brasil Naturista. Tem fartos motivos, ou talvez simplesmente estão fartos deles.

Na FBrN, mais que em outras organizações, não há diferença entre a organização e seus dirigentes. Não é somente que os atos da organização são os atos dos seus dirigentes - quer seria o caso até no organização mais nobre e isento - mas os motivos dela são os motivos deles; os fins dela, os fins deles.

Quem não quer os dirigentes da FBrN, não quer a Federação. E a Colina já mostrou, que não quer os dirigentes.

Tó dentro, tó fora ...

O CNCS já encomendou parecer das suas advogadas, de que não é associada a FBrN. Isso foi em 2007, quando a corja temia a fiscalização da FBrN sob seu então presidente, Dr. André Herdy. Encontraram uma maneira mais eficaz de se livrar do incomodo Dr. Herdy, fazendo acusações falsas de pedofilia contra ele.

Então o CNCS já estava fora da FBrN, sem que muito gente ficou sabendo disso. É uma afiliação que assumem quando conveniente, e ponha de lado quando não seja necessário. Mais um menos como uma dama da noite.

O caso Wagner

Quando a Sontata deixou a FBrN em setembro de 2010, eu entendi das notícias da FBrN sobre a eleição de que sr Wagner - aquele de cocar - não era mais conselheiro. Sua base não fazendo mais parte da federação, então nem ele também. Presumi que foi uma maneira de se livrar de Zé Wagner, sendo que tudo é jogo de personalidades na FBrN - a possibilidade de que o estatuto seria cumprido contra a conveniência dos "donos", nunca passou pela minha cabeça. 

Encontrei Zé Wagner de repente no banheiro do camping da Praia do Pinho em março no Congresso FBrN. Não tinha certeza que era ele no momento, pois sem o cargo porque estaria lá? e além disso, estava sem o cocar.


Ouvi depois que ele continuava conselheiro, sim. Pensei que eu tinha me enganado. Depois da eleição do CNCS, que deixou João Olavo, Etacir, e Pacheco para fora, entendi. Se o Wagner continuava, eles poderiam apontar um precedente: se eles próprios foram renegados pelo CNCS ou até expulsos dele, continuariam com o FBrN. Ainda sem o CNCS, poderiam de apresentar como manda-chuvas do naturismo brasileiro.

Ainda um assento

Ainda que o CNCS se retirasse da FBrN, a mercadinho da Colina continuaria associado. Sim, aquele mercadinho, onde Etacir vende secos e molhados, picolés e imóveis, é associado da FBrN e com ele dentro, o assento do Etacir Manske é seguro.

O mercadinho tem, realmente, tanto autonomia como empreendimento naturista, quanto o banheiro do camping da Praia do Pinho. Porque o banheiro não se associa, para poderia votar e assegurar um assento no Conselho Maior da FBrN? E porque um voto e uma assento só? Porque não um assento por cada assento do banheiro de Praia do Pinho, um homenagem ao lugar onde todo mundo é naturista (do que entendo, camisa pode, é a bunda solta que determina naturismo)?

E também, um homenagem ao que o FBrN faz.

Motivos de ficar livre deles

Os sócios da Colina do Sol já mostraram na urna, o desejo de ficar com seus conselhos livres de João Olavo, Celso Rossi (também desqualificado), Marcelo Pacheco, e Etacir Manske. Que querem ficar longe de uma associação dirigidos por eles, também daria para entender.

Enquanto isso, recebo notícias: a Colina do Sol "solicitou sua desfiliação" da FBrN. Bem, Sontata mandou a FBrN às favas, e mandou a notícia para os quatro ventos. É uma confirmação de duas coisas:

  • O CNCS determinou de se desafiliar da associação agora dirigida por seus ex-dirigentes;
  • A FBrN sabia disso, e não contou.

Que outros naturistas ficaram melhor sem esta turma, aqui já demos motivos. E publicamos as provas.